Bem pessoal como sabem ontem participamos da corridadas pontes do Recife. Prova de 10k desenvolvida no Centro velho da cidade e tem esse nome por atravessar varias pontes em seu percurso.
Os quenianos Biwott Stanley Kipleting e Anne Cheptanni Berewe conquistaram os primeiros lugares masculino e feminino na sexta edição da Corrida das Pontes do Recife. O evento, considerado a maior competição de pedestrianismo do Norte-Nordeste, reuniu cerca de cinco mil pessoas, de todas as faixas etárias, neste domingo (14).
Kipleting fez a prova em um tempo de 30 minutos e 29 segundos; já Anne terminou o percurso de 10 quilômetros em 34 minutos e 26 segundos. Na segunda colocação ficaram os brasileiros Ubiratan José dos Santos e Marili dos Santos, com tempos de 30 minutos e 33 segundos e 35 minutos e 15 segundos, respectivamente.Este ano, a competição distribuiu R$ 11.500 em prêmios.
Foram contemplados os corredores classificados entre 1º ao 5º lugar, na categoria Corrida Geral 10 km, sendo R$ 2.000 para os vencedores. Nas outras categorias, houve premiação com troféus e medalhas. Todos os inscritos, independente da classificação, levaram para casa uma medalha de participação.
AQUI VAI UM RELATO DE NOSSA PROVA E PORQUE FALAMOS EM SUPERAÇÃO:
Treinamos bastante para prova, e traçamos alguns objetivos: baixar nossos tempos e correr em nosso limite, porém apenas um dele foi alcançado.
Chegamos em Recife na sexta-feira pra poder descansar um pouco antes da prova, pegar o kit no sábado e estar bem disposto pra corrida no domingo. E toda a nossa superação já começa na própria viagem pois um percurso de cerca de 1h30m de carro se tornou em algo perto de 4h30m por causa da chuva no dia anterior que deixou a cidade um caos. Chegamos bem cançados e Karla desde cedo já manifestava sintomas de irritação na garganta, mas até então nada muito sério.
No sábado fomos pegar nosso kit que se resumiu a camisa, chip e número, e mais nada de extraordinário, porém eu ja notava que Karla estava mais abatida e meio indisposta pra correr. Fomos dormir cedo mas ela quase não dormiu tossindo muito.
No domingo acordamos cedo como de praxe e me deparei com Karla completamente derrubada por uma crise de garganta, com muita dor no copro e inicio de febre. Eu pensei com meus botões nada de corrida pra nós hoje, mas pra minha surpresa ela se levantou trocou de roupa e se preparou como se nada tivesse acontecendo.
Eu sabia que ela estava derrubada, mas ela simplesmente não quis deixar a peteca cair por amor a mim e a corrida, pois sabia que jamais a deixaria só doente.
Nos dirigimos ao local de prova e ao vê-la correr decidi que correria a prova toda ao seu lado, sem me importar com tempo ou superação, correria por amor ao lado da pessoa que amo e que estava fazendo a mesma coisa por mim.
Chegando lá já percebi que ela estava ficando pior e ela de pronto me falou: "quando começar a corrida você vai na frente que eu vou mais devagar". Eu jamais faria isso! jamais deixaria minha companheira de vida e corrida correr só quando estava doente. Eu insisti e disse que iria com ela até o final.
Largamos bem devagar, pois não queria forçar, deixando que ela ditasse o ritmo da corrida e assim corremos por todo o percurso, levamos 1:22:36 segundo pra concluir a prova, mas concluimos vencendo doença, dores, febre, cansaço, sol quente em nome do amor pela corrida e principalmente um pelo outro.
Por isso a prova pra nós foi sinônimo de superação, não por termos baixado tempo, mas por termos vencido tudo que foi colocado na nossa frente para nos impedir de correr. No inicio do texto falei que um objetivo que nos propusermos a vencer foi alcançado e esse foi correr além do limite, pois Karla correu além do limite que seu corpo lhe impunha, atravessando ao meu lado em pé a linha de chegada e ao chegar em casa caindo de cama, onde se encontra ate hoje sob medicação e repouso.
Aqui estão algumas fotos:







RUMO AOS PRÓXIMOS LIMITES!!!