Juntos até o fim

Nos primeiros dias de corrida sentimos que estávamos no mesmo nível, o nível mais baixo!

Quando o cansaço chegava para mim, também chegava para Gustavo o que, até certo ponto, era ótimo pois era o sinal de que estávamos compartilhando cada passo desse caminho.

Os dias de treino foram seguindo e logo comecei a notar que ia receber a inconveniente visita mensal. Meu abdômen e meus seios estavam inchados (acho que chego a aumentar até 3kg nessa época) e o pior, o mau humor e a indisposição logo apareceram.

Pensei em não ir correr naquele dia, mas se eu fizesse isso, com certeza Gustavo também não iria, já foi difícil levá-lo comigo, sozinho então...

Coloquei a roupa, o tênis, peguei a água e lá fomos nós, mas no caminho fui logo avisando, estou “naqueles” dias, não sei se vou render!

Assim que começamos o trote senti o peso e o incômodo – as mulheres me entendem – e olha que eu nem tenho cólicas. Gustavo estava com todo o gás, animado, conversando e ainda soltou aquela frase mágica “TÔ NOVO”. Dei um sorrisinho amarelo e continuei...

...depois de alguns minutos o copo me venceu, a dor de cabeça estava insuportável, foi então que eu decidi ficar só caminhando (não adianta forçar), mas como eu não queria “melar” a empolgação de Gustavo falei: “Amor, pode continuar que eu vou só caminhar, para mim não dá mais.”

Para a minha surpresa ele também parou e disse que ia ficar caminhando comigo e, quando pensei que nada poderia me animar naquele momento ele me veio com a frase:

“Amor, você é minha companheira de vida e de corrida, nós começamos juntos e vamos JUNTOS ATÉ O FIM.”